29.10.09

das coincidências

a despeito de todos os avanços tecnológicos, e de toda a conceptualização e trabalho em torno do chamado método ciêntífico o que é certo é que a aleatoriedade sempre desempenhou um papel central nos avanços. vem este desabafo a propósito deste link na wikipedia sobre cartões de crédito e como apareceram.

no entanto desta vez fico sem perceber se mais valia não se ter dado o aleatório acontecimento...

excerpto de "Magnetic Stripe Card" no site wikipedia

"The magnetic stripe

The process of attaching a magnetic stripe to a plastic card was invented by IBM under a contract with the US government for a security system. Forrest Parry, an IBM Engineer, had the idea of securing a piece of magnetic tape, the predominant storage medium at the time, to a plastic card base. He became frustrated because every adhesive he tried produced unacceptable results. The tape strip either warped or its characteristics were affected by the adhesive, rendering the tape strip unusable. After a frustrating day in the laboratory, trying to get the right adhesive, he came home with several pieces of magnetic tape and several plastic cards. As he walked in the door at home, his wife was ironing and watching TV. She immediately saw the frustration on his face and asked what was wrong. He explained the source of his frustration: inability to get the tape to "stick" to the plastic in a way that would work. She said, "Here, let me try the iron." She did and the problem was solved. The heat of the iron was just high enough to bond the tape to the card."

23.10.09

do anoitecer ao amanhecer rosa

ainda sobre as palavras

as palavras perduram tanto como flocos de neve no verão

13.10.09

das palavras

desejo que a poeira da atmosfera
se transforme em palavras na minha boca

12.10.09

prece em prelúdio II










esse tempo passou

como água por baixo de pontes

suando a humidade nas paredes

assim vou

arfando

hoje chegado o tempo

o meu corpo todo nu varre a noite

arfando

respirando o nevoeiro

suando a maravilha

cego descalço na lama

tropeçando

na água

em vergonha arfando

por aqui já andámos

buscando os passos

o norte meu

mãos tuas

nascente de água benta

levando do meu corpo de satã

a lama

frescura ditosa trazendo nas tuas mãos a fonte

a humidade

a noite secando em calma

comigo arfando em asma

peito escancarado à sorte

a lama

prece em prelúdio I










não pertence a mais ninguém

a ira pela vida

levo tudo comigo

estrelas nos olhos

saudades em terra

falsidades

peito escancarado à sorte

triste sina

que ventura

para tanto voltar atrás

jamais esperei tamanha fortuna

as horas de baixo a cima

subindo sempre descendo

não pertence a mais ninguém a ira pela vida

poderás saber quem sou

se ao leres a palma da minha mão

a tua alma

soltar uma risada uma gargalhada

um bocejo empalidecer e morrer

nada terá a dizer ao saber quem sou

a alma