12.10.09

prece em prelúdio I










não pertence a mais ninguém

a ira pela vida

levo tudo comigo

estrelas nos olhos

saudades em terra

falsidades

peito escancarado à sorte

triste sina

que ventura

para tanto voltar atrás

jamais esperei tamanha fortuna

as horas de baixo a cima

subindo sempre descendo

não pertence a mais ninguém a ira pela vida

poderás saber quem sou

se ao leres a palma da minha mão

a tua alma

soltar uma risada uma gargalhada

um bocejo empalidecer e morrer

nada terá a dizer ao saber quem sou

a alma

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