esse tempo passou
como água por baixo de pontes
suando a humidade nas paredes
assim vou
arfando
hoje chegado o tempo
o meu corpo todo nu varre a noite
arfando
respirando o nevoeiro
suando a maravilha
cego descalço na lama
tropeçando
na água
em vergonha arfando
por aqui já andámos
buscando os passos
o norte meu
mãos tuas
nascente de água benta
levando do meu corpo de satã
a lama
frescura ditosa trazendo nas tuas mãos a fonte
a humidade
a noite secando em calma
comigo arfando em asma
peito escancarado à sorte
a lama
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