19.7.09

como seara

E agora aqui vejo-te, como seara ainda jovem que galga os campos como ondas incontroláveis de um mar tempestuoso. E as tuas mãos como a centopeia que fazem cócegas no éter e transportam as tuas sementes espalhando a fúria da decisão.

E os teus abismos aos magotes saltando nos poços fundos que trago no peito escancarado à brisa da madrugada húmida do orvalhar das nossas lágrimas de riso da noite da festa de que partimos a meio sem avisar e naquela eternidade que foi como um fogacho nas nossas vidas ficámos a sós. Com os nossos abismos.

(como seara aumentada por Paulo Bernardino Ribeiro)

1 comentário:

pdah disse...

Caríssimos: adianto que o meu novo livro está a venda nos seguintes locais:

Livraria Trama , Lisboa
Livraria Poesia Incompleta , Lisboa
Livraria Pó dos Livros , Lisboa
Livraria Letra Livre , Lisboa

...em breve espero tê-lo em Évora, Porto e Faro.

O lançamento será algures em Setembro, algures em Lisboa. Não foi agora devido às providências cautelares interpostas pelos dois maiores partidos com assento parlamentar, a santa inquisição, várias obediências maçónicas e um talhante de Paderne.

Para saberem mais, é apenas visitarem

http://pdaherois.blogspot.com