29.1.09

perpétuo

aconteceu para lá da consciência

Meu pai submerso nos confins do espaço exterior em busca da harmonia. Eu nesse espaço, confinado pela genialidade e pelo amor autoritário como a estrela primeira na boreal aurora. Entre uma carícia opaca e uma explosão de luz.

Minha mãe atarefada em compreender o cosmos interior de todo o mundo. Eu nesse espaço infinito, da compreensão e do doce amor, como um sábio confessor. Entre um acordo mudo e um aceno de compreensão.

Nesse universo de colisões intelectuais soçobrava a minha vontade, soçobrava a minha personalidade. Para sempre reflexo menor. Como quem não quer ser confrontado com a sua condição essencial.

Meu pai será para sempre a estrela maior da noite a minha mãe o sol soberano no dia sem nuvens.

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