14.1.09

chuva criola


Vazia de conteúdo, escorrem-lhe letras não palavras. Tenta em vão concentrar-se nas gotas que se agarram desnecessariamente às janelas, em vão em busca de padrões reconhecíveis. É corpo, terra vento. Decompõem-se células epidérmicas em vapores que se perdem num odor. Perpetua o erro, de ser ela própria.

Na esplanada já ninguém, apenas pombos lhe aquecem os pés. Teimosamente paralisada, buscando uma solução inarrável. 

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