na teia da memória que o cérebro urde, feito aranha,
nos recônditos vãos da sua própria imensidade,
para sugar da vítima indefesa
o que o poderia saciar e jamais ganha:
a substância intemporal da realidade.
Mascarada de triste,
a tudo isso a alma complacente assiste,
perversamente gerindo o insuperável desajuste
entre o eu e o objecto,
o capitel e o fuste,
a aranha e o insecto.
1 comentário:
Impressionante. Gostei.
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