9.4.09
céu anil sobre terra ocre
a pele que cobre as papoilas
viçosas de vento
agora a duas cores
o ocre do teu cálice
o anil do teu cabelo
e falo contigo a duas vozes
a pele com que respiro
pedaços de presença
deserto de restolho outrora vida
dentro da carne
nas retinas do meu peito
céu anil sobre terra ocre
ao fim da tarde
o deserto é luminoso
como é estupendo
entrar na terra respirar o ar
alimentar-me a duas cores
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2 comentários:
Caro Leonardo
Como calculava, a espera nunca é inútil:
São cada vez mais vibrantes os
versos e cada vez menos formais os poemas - isso o que sinto.
E, assim, vai acontecendo poesia.
O Paulo no seu melhor :) . Parece que é desta que ele (re)volta em grande :D
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