21.4.09
correr bastante sorrir
viver bastante até ser gato
sonhar imóvel num muro de cal
correr sob os telhados das casas das vizinhas
resgatar bastante as estrelas à noite
partir em mais que uma direcção
sorrir desalmadamente e não deixar rastro
entrar bastante em glóbulos brancos de sangue novo
dormir o sono dos justos
correr nu sobre os últimos poemas de amor de um poeta
desejar bastante a vida num minuto
sorrir antecipando-me assim à morte
soltar o corpo dentro do corpo das vizinhas dos telhados
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