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Há uma fraude na paisagem: A luz que a ilumina é da véspera!
E o estafeta, dando por isso, pára de repente
e, ante o pasmo de córregos e árvores,
deixa cair da mão o testemunho inútil
e morre afogado em desespero.
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É então que surge um anjo resplandecente de luz
( daquela mesma luz que antes faltava à paisagem ),
e arrebata consigo o testemunho,
ainda quente,
não do chão mas da mão, agora fria,
do poeta que fica, inteiro mas bem morto,
a apodrecer nas cores do Arco da Aliança.
22.3.09
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3 comentários:
como sempre a imagética é óptima. "Há uma fraude na paisagem: A luz que a ilumina é da véspera!" é para mim um poema dentro do poema... não me importava de o ter escrito :)
UM abraço.
Continuo a esperar mais obra sua.
Não tenho feito comentários às
suas mensagens, não porque não
mos suscitem, mas sobretudo porque,
para já, prefiro ir coleccionando
emoções e esperar com prazer o que,
tenho a certeza, não deixará de
de ir acontecendo.
isto com o trabalho e a música tem andado mais complicado... mas aos poucos vou introduzindo aqui mais poesia... os outros colaboradores é que andam muito ocupados :(
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