3.12.08

dos opostos que se tocam parte I

Caminhas frenético mas encontras o lugar. Uma bola de espelhos onde sobressais na noite. Uma música possessiva percorre o teu corpo bombeando som, inspiração-expiração. 

Violento abanas a cabeça, acompanhado pelo odor do álcool e com espasmos o teu corpo supera todas as leis da física. És tragado por uma força invisível, ao tocar corpos húmidos. Bebes mais um golo, a garganta seca assim o exige. Na imensidão do espaço flutuas, acompanhado de lobos famintos. Estás esfomeado, as mãos ásperas sedentas de sexo assim o exigem.

O desejo ela encontra-se encostada a ti, sôfrego tiras-lhe a roupa, as mãos fortes apertam com força as costas, comprimindo os minutos em segundos, comprimindo o peito contra o peito, suor mistura-se com saliva com esperma com liberdade.

Madrugada num paraíso urbano qualquer, encontras uma cama e adormeces profundamente.

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