27.12.08

um nó no lenço


Amortalhadas, cada uma em seu próprio nome,
jazem algures em mim as coisas – tudo, afinal,
o que com meus nervos tentaculares abranjo e caço
para enganar a fome
essencial
que sem remédio passo.

( É a preciosa escória
do meu ser. )

Daí o nó que há muito dei no lenço da memória,
para me lembrar disso ao falecer.

1 comentário:

Leonardo Rosado disse...

Muito me agrada que embarque nesta aventura connosco, mais uma vez.