15.12.08

das segundas oportunidades

A oportunidade de viver outra vez um mundo exótico, um corpo estranho.

Pensamentos são expelidos violentos, reais. De olhar penetrante subtrais da bolsa um cigarro e pedes-me lume. O teu toque gela o entusiasmo. Os minutos sobrepõem-se aos segundos, a desilusão sobrepõe-se à expectativa e a conversa deriva ferida de morte.

Proferes suaves insultos para não ferir susceptibilidades. Interessas-te pelos detalhes da minha vida. Imponderável. Estou noutra, espero impaciente o cerrar dos lábios.

Insistes em querer a minha presença , o pé que precede a mão, a mão que dá lugar à boca. Forças o beijo, intimidado tento resistir ao charme possessivo. Farrapo concedo.

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