27.11.08

da infância



O zénite dissolve-se no caminho ascendente enquanto deambulo pela rua cheia de promessas. Crianças brincam ao acaso, como fiz também quando ao acaso ia deambulando cheio de energia, orientado apenas por olhos protectores.


O sabor da vida sem perspectiva. As loucuras cometidas no excesso da novidade, sem ironia nem malícia. O prazer de mentir, para preservar os pequenos minutos deliciosos. Viver inconsciente dos problemas mundanos mas mergulhado neles até ao pescoço. Viver assim no acaso premeditado como quem arrisca a vida permanentemente sem o saber, como um movimento subtil de quem apenas quer viver a vida inteira amparado por uma rede invisível.

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