4.11.08

então vem

Então vem, vamos voar como colibris sobre os campos de Kosovo num voo planante. Vamos desafiar as fronteiras e apertá-las junto ao peito e celebrar o nosso sonho nem que seja por um dia, nem que tenhamos de quebrar o pacto com os nossos filhos por nascer.
 
Lembra-te do momento em que nadámos através do estreito de Gibraltar e quando de mãos dadas demos braçadas fortes, por um punhado de areia. Ainda somos dois a pisar praias de esperança crestados pelo sal pelo sol pelo sul.

Vamos olhar as montras em Nova Iorque no Natal com a neve lá fora e os destroços enterrados na memória. Caminha comigo no deserto do Sahara, mostra-me o teu olhar desnudo dos véus com que tapaste a boca, o nariz, as bochechas, o teu olhar.

Deixa-me inspirar-te e expirar-te.

Sobre a nossa cabeça paira um céu azul, estamos aqui e o mundo começa a desbravar-se agora. Kosovo, China, África, Timor, Iraque, Irão, Europa, Índia, Estados Unidos, Venezuela e ainda tanto por desbravar, tantos sonhos por contemplar e tantas migrações por efectuar nas nossas fomes.

As sombras não nos atemorizam nem com a ajuda do vento, dos tornados e dos tsunamis. A nossa autodeterminação não acabará aqui, nem haverá muro que impeça o progresso da nossa caminhada. Seremos firmes, seremos alguém, nem que tenhamos de quebrar o pacto com os nossos filhos por nascer.

2 comentários:

Paulo Bernardino Ribeiro disse...

Inovações...nem que tenhamos de quebrar o pacto com os nossos filhos por nascer. Gostei.

Ginger disse...

Lindo!

Vamos, vamos.
Eu por mim, ia já. :p


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