1.11.08

seara ou o marinheiro que deixou o mar

Fotomontagem sobre "seara" fotografia de Paulo Bernardino Ribeiro

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A manhã era suave, o ar calmo e o vento brando. Hanks trabalhara metade da noite a cavar e metade do dia a encher a cova.

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Tinha ali na sua frente o mar de trigo a perder de vista, vagas enormes ondulando ao vento, movendo-se sempre para leste, sem uma única linha ou costura ou ruga a indicar onde o velho marinheiro estava oculto.
- Foi um enterro no mar - disse o ministro.
- Exactamente. Eu tinha-lhe prometido. - Respondeu Hanks. - E cumpri, na verdade, a minha palavra.

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excerto do conto "O marinheiro que deixou o mar" do livro "Máquinas da Alegria" por Ray Bradbury

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