23.10.08

efémeras

Porque não podia deixar de fazer uma referência a um evento que me surpreendeu muito, especialmente pelo movimento perpétuo, pouco comum a um espectáculo de teatro. ACONSELHO. Quanto à temática deixo também uma possível leitura pessoal embora anterior à peça.


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Passada a penumbra amanhece o olhar seco com renovado interesse no belo e na vida e o horror soçobra em todas as coisas. A transição ocorre sempre que um segundo passa, deixando para trás nada mais do que marcas indeléveis na subjectividade humana, que teima em agarrar-se, teimosa e crente. Cada instante se desdobra num sentido único e intransmissível de todas as coisas efémeras do belo e da vida.

Não serão as efémeras impressões que impulsionam ao sonho milhares de vidas, para lá das vidas objectivas, para lá das vidas despojadas? Os pequenos segredos que descodificam o belo que há em tudo o que nos rodeia, nos extasia.

Embrenhado e sempre alerta aos sinais transparentes que evocam o amor, que evocam o desconhecido, e os elevam até às alturas, perante mim o efémero que glorifico como condição ao sonho e à vida.

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