31.10.08

reencontros


Era apenas um reencontro mediado por uma mão pouco cheia de semanas. Férias de Verão imensamente intermináveis. A expectativa crescia a cada momento prolongando em séculos os minutos que teimavam em não passar. Antecipava os carinhos inigualáveis, as carícias de letras escritas nas costas, os ralhetes lambretas depois das tropelias de regras quebradas. Tudo era saudade tudo. Na demora cresceu uma angústia sofregamente alimentada por um medo incontrolável que ruíssem os pilares da Terra, que sucumbissem os meus alicerces que de sólidos tinham pouco ou nada. E foi com uma velocidade olímpica que corri enfim no seu vislumbre, palmeiras distorcidas de verde ramas coroando a passagem dos meus curtos cabelos esvoaçantes, desejando ser a primeira a deliciar-me com as suas envolventes expressões de amor. 

visto a capa negra dos estudantes, solene adriano na voz adorada, perguntando notícias ao vento que passa. devolve-me o teu beijo de brisa, hoje, ao acordar. o vento algo me diz.

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